A busca da liberdade sempre foi uma constante
na história da raça humana. Ela compõe o conjunto dos elementos que
habitualmente se imaginam sejam necessários ao bem-estar das criaturas. O
conceito de liberdade é amplo e muda de acordo com a corrente filosófica que se
faz a reflexão. Mas será que realmente existe uma liberdade? E se existe qual
seria seu limite? E ela tem limites? São alguns questionamentos que aparecem
quando se fala sobre ela e que merece uma analise para tentar uma compreensão
melhor sobre esse tema.
O homem que
é livre é, na verdade, livre no sentido de não ser escravo. Ele ao ser livre
decide o que fazer e como fazer. Mas se ele conhece o bem não pode deixar de
agir de acordo com o bem. O homem livre age de acordo com suas leis que emergem
do seu interior, mas a liberdade de cada um é limitada em função da liberdade
do outro. A liberdade implica assim a responsabilidade do indivíduo por seus
próprios atos, ações e sua consciência.
O homem está
condenado a ser livre, pois não se criou e, não obstante, é livre. E uma vez
lançado ao mundo, passa a ser responsável por tudo que faz. Acontece que somos
indivíduos livres e nossa liberdade nos condena a tomarmos decisões durante
toda a nossa vida. Não existem valores ou regras definitivas, destinadas, a
partir das quais podemos nos guiar. E isto torna mais importante nossas
decisões, nossas escolhas. O homem nunca pode negar sua responsabilidade pelo
que faz.
O conceito
de liberdade é complexo e não cabe em categorias definidas. Para se
compreenderem algumas de suas características, faz-se necessário relacioná-los,
em comparação a alguns outros conceitos: arbítrio, livre, vontade, consciência.
A liberdade é então a possibilidade de decidir-se, autodeterminar-se. O certo é
que a liberdade implica a ideia de uma responsabilidade diante de si mesmo e da
comunidade: ser livre quer dizer, neste caso, estar disponível, mas estar
disponível para cumprir certos deveres.
Jaciel Dias de Andrade
3º ano de filosofia
Diocese de Guanhães
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