Perguntava-me o que é a vida? A vida é um dom reservado a tudo o que existe no universo, dividida em parcelas imemoriais e diversificadas, no tocante ao tempo de duração dela. Referente ao tempo não sei quanto durará mas isso é problema dele. O que quero é viver. Insisto e o que é o tempo? Ah! O tempo é um termômetro que mede o grau e duração de algo, nada modificando, apenas, medindo a sua extensão e durabilidade.
Se pensarmos o tempo como os filósofos não sei se chegaremos a uma resposta do que seja ele. Peço ajuda ao grande filósofo Santo Agostinho. Ele diz que se ninguém me perguntar, eu sei; se o quiser explicar a quem me fizer à pergunta, já não sei. Santo Agostinho disse uma grande verdade, sei o que é o tempo, porém não sei explicar o que é. Poderíamos buscar outros filósofos para nos ajudar nesta reflexão mas não farei isso, pois não estamos em busca de um filosofar sobre o tempo.
Medir a vida pelo seu tempo de duração seria como fazer desenhos nos mares e oceanos ou contar os segundos dos milênios! Dado a sua diversidade e envoltório do que trás consigo, ficando, apenas, definindo o período de sua duração, ás vezes, efêmera ou, estipulando, minuciosamente, o que a vida trás em si de benefício ou malefício! Não é quanto tempo se vive que é o importante, o que importa é como se vive!
Viver é uma arte de aprendizado constante, sem a somatória de momentos sequentes, ficando o tempo apenas como um mero expectador silencioso e contável da sua trajetória pelos caminhos da sua duração. Somos os atores principais da cena e o tempo mero coadjuvante. Sem interferi na cena principal do protagonista que sou.
Se o foco principal da vida for um ser humano, ele deverá viver e deixar viver! Sem modificar ou, alterar o modo de viver de quem não quiser seguir a sua trajetória, percorrendo, assim, os caminhos por ele delineados, sem imposições ao outrem discordante dele! A ressalva é apenas a de procurar dar o bom exemplo para a reabilitação voluntária de quem esteja vivendo, erroneamente, pelas estradas ao lado da sua auto-estrada salutar e, mesmo assim, sem se importar com o tempo, pois, ele só estará disponível para medir o seu trajeto, sem influenciar, também, aos outros seguidores com promessas vãs.
Se o tempo tivesse o valor decisivo para a vida, ele não precisaria da experiência e do saber didático ou empírico, com isso e, por isso, atuaria até nas crianças de colo, às influenciando no percurso! Não fora isso, como os mais velhos se projetariam na escalada da vida tendo por base e auxílio do tempo aos recém nascidos?
No meu modesto entender, o tempo só me deu respostas quando, o acumulando no centro do meu cérebro, passei a catalogar o que aprendi com ele, adquirindo uma maturidade consciente e praticável para sobreviver na massa humana dos meus irmãos lúcidos e, às vezes, inconsequentes.
Vou amando a vida! Não tenho medo da morte! Por ela ser, apenas, o posfácio da minha existência e passaporte para o meu encontro com Deus! Porém, nesse caso, valorizo o tempo! Esperando que ele me conceda mais alguns anos de vida!
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